terça-feira, 14 de maio de 2013

ENSINO RELIGIOSO EM ESCOLA PÚBLICA


A partir da carta Magna de 1891 o Brasil tornou-se um país laico com o reconhecimento da liberdade de religião e de expressão religiosa, vedando-se ao Estado o estabelecimento de cultos, sua subvenção ou formas de aliança.
          Assim pressupõe-se que a escola pertencente ao estado laico deve ser laica também.
           O art. 19 da Constituição Federal de 1988 diz que:

“... É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si... “

      
            Assim, o Estado laico, é imparcial sem privilegiar uma ou outra religião, para que não haja assim diferenças entre os brasileiros.
Desta maneira se a escola é um espaço laico, uma aula de religião confessional com um grupo misto, de várias orientações religiosas, uma oração direcionada pode ser entendida como proselitismo, já que obriga a quem não tem interesse a ouvir ou, mesmo repetir a mesma. No ambiente escolar as crianças vão aprender a socializar, respeitando normas e o próximo,  e assim , vão construindo sua identidade.
            O texto da Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96), de dezembro de 1996 diz que:

"...O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter: 

I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou 

II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa..." 

Se caráter facultativo é não ser obrigatório, pressupõe o livre arbítrio, mas se estamos falando de crianças, em sua fase de maturação, não é bem assim que acontece, pois nesta fase a criança age de acordo com as outras crianças, para sentirem-se pertencentes ao grupo, portanto o caráter facultativo não possibilita a criança sua liberdade de crença.
É claro que podemos trazer conhecimentos religiosos dentro de sala de aula, explicando todas as religiões sem distinção, lembrando sempre que toda religião deve ser respeitada.
Como professores, temos que trazer essa bagagem cultural dentro da sala de aula, e é importante que os alunos aprendam e conheçam as religiões, até porque as religiões fazem parte da cultura do país.Porém se for para abordar religião, é importante que não seja trabalhada apenas uma, mas sim todas as que fazem parte da nossa cultura, sendo os professores encarregados de apresentar cada uma delas, mostrando-se neutros.
Portanto, se o ensino religioso for ministrado a partir da doutrina de uma única religião, é inconstitucional, já que vivemos em Estado laico, mas  se for ministrado na base da pluralidade, onde todas as religiões serão estudadas, apresentando a identidade de cada  uma, sem privilegiar nenhuma delas, passa a ser  constitucional, seguindo a constituição brasileira.


 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, (1988). Constituição: República Federativa do Brasil.
Brasília: Senado Federal, Serviço Gráfico.

BRASIL, (1996). Lei nº 9.394/96, estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. Brasília: Diário Oficial da União,20 de dezembro de 1996, seção I.

CURY, Carlos Roberto Jamil (2004)Ensino religioso na escola pública:
o retorno de uma polêmica recorrente Revista Brasileira de educação.
http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n27/n27a12.pdf Acesso em : 08.05.2013

FISCHMANNRoseli "Escola pública não é lugar de religião", Revista Nova Escola, (2013) . http://revistaescola.abril.com.br/politicaspublicas/legislacao/acordo-ensino-religioso-504521.shtml?comments=yes#mostrar Acesso em : 08.05.2013

VIANNA , Túlio O ensino religioso nas escolas públicas, Revista Forum (2013) . .http://revistaforum.com.br/blog/2013/01/o-ensino-religioso-nas-escolas-publicas/ Acesso em: 08.05.2013



quarta-feira, 27 de março de 2013

A humanização da educação. 

Perante a pluralidade cultural e de identidades presentes nas salas de aula os docentes estão sendo provocados a repensar suas práticas, abrindo espaço para o dialogo com discentes, acolhendo a todos na troca de conhecimentos, obtendo informações para aperfeiçoar a qualidade cognitiva de aprendizagem de cada um, implantando nos currículos práticas pedagógicas reflexivas condizente ao grupo sócio cultural que esta sendo trabalhado. Os discentes que receberão uma educação dialógica, reflexiva e humanizada passarão a criticar a si próprio, buscando seu lugar na sociedade que almeja o entendimento da heterogeneidade que a mesma é composta, e , o respeito que todas devem ser tratadas. A relação dialógica entre os sujeitos da educação leva o docente a tecer uma teia de interpretações nos diversos pontos de vista, refleti-los, incorpora-los e dividi-los na relação que estabelece com o aluno. 
Ao estabelecerem um relacionamento de confiança entre professor-aluno, os aspectos científicos, didáticos e pedagógicos e as atividades lúdicas, criar-se-ão laços de afetividade, indo ao encontro das possibilidades de observação, e entendimento de como o outro aprende, aspectos estes que compõem uma sociedade humanizada. Através das diversidades culturais que o professor encontra em sala de aula, onde cada um traz consigo seus costumes, suas crença. O professor deve repensar em suas práticas, pois mesmo que ele esteja acostumado a dar aula numa classe do 2°ano sempre, cada sala é diferente da outra com outra realidade suas práticas devem ser aperfeiçoadas de acordo com as dificuldades encontradas durante o ano letivo, isso só acrescenta para melhor desenvolvimento aluno-professor. 
O Educador deve acolher esses alunos afastando-os de qualquer constrangimento, pois educação de qualidade é um direito de todos, deve-se produzir saberes produtivos e significativos. O Professor deve usar diferentes técnicas para sanar as dificuldades encontradas em sala de aula, pois ninguém aprende e pensa igualmente, cada um tem seu tempo para processar informações, deve nortear a sala com novas práticas educativas para cativar o aluno a aprender de acordo com seu pensar e seu tempo de aprendizagem. A escola não deve se omitir pelas diferenças culturais, deve sim assumir esse compromisso de interage-losna sociedade sem desgastes com preconceitos, enfim com o meio, por isso o currículo deve ser flexível de acordo com as dificuldades encontradas diariamente. 
 Ao se criar um vínculo entre educador e aluno a aprendizagem flui de forma produtiva e prazerosa é uma troca mútua, o professor deve estar disposto a ouvir seus alunos, ouvir seus diferentes alunos para aprender falar, passar a mesma linguagem, pois quem não ouve impõe, grita, causa traumas para alunos, deixando a aula maçante e muito dificultosa. A democracia ajuda a desenvolver uma sala produtiva e vai além do aprender a ler e escrever é fazer pensar e transforma-lo em um cidadão crítico perante a sociedade, um ser pensante, um alguém contribuinte para transformação de um mundo melhor e mais justo.

terça-feira, 12 de março de 2013


A importância do estágio supervisionado. 

O estágio é um período curto, mas muito enriquecedor, não apenas para nossa formação acadêmica como também para nossa vida profissional, é uma ótima experiência, aprendemos muito. Com estágio percebemos que a visão tradicional já mudou e existem muitas professoras que conseguem ministrar aulas envolventes que levam os alunos à construção de conhecimento de uma maneira prazerosa, o professor já não tem mais aquela postura autoritária de tempos atrás, em que apenas ela falava e os alunos não podiam opinar, questionar ou argumentar em nenhum momento.
As aulas de hoje são mais dinâmica, e fazem parte do cotidiano escolar dessas crianças, está presente em suas rotinas, e tem sido um meio de envolver os alunos, para as professoras também tem sido uma estratégia para atrair atenção da turma que em muitas vezes são agitadas e tem dado certo, as crianças estão conseguindo assimilar melhor os conteúdos propostos pelas professoras.
Já não é mais na base do decorar para aprender, mas sim o vivenciar para construir aprendizagem, hoje o professor é mediador de conhecimento, e busca sempre estratégias variadas, pensando em proporcionar aos alunos uma aprendizagem significativa. O professor planeja sua aula e planeja também suas ações para conseguir alcançar um sucesso dentro de seus objetivos.
O Estágio nos  proporcionou momentos de grande valor abrindo a visão a respeito do processo de aprendizagem e do papel do professor na construção de conhecimento, pretendemos assim continuar pesquisando, buscando informações, vivenciando situações de interação para crescer a cada dia, tendo a consciência que esse processo é inacabado, nós somos seres inacabados como diz Paulo freire.
A formação do professor é um processo que transpõe os limites das salas de aula das universidades, ela não é composta apenas de aulas teóricas adquiridas durante a graduação, mas fazem parte desse processo todas as experiências e práticas vivenciadas pelo profissional durante a sua prática docente. Deste modo, tanto o aprender a profissão docente quanto dar continuidade a mesma faz parte do cotidiano de nós professores. É dessa forma que nós profissional conseguiremos sempre fazer a ligação entre teoria e prática.
A formação docente se dá muitas vezes pela prática em sala de aula, a partir da relação feita entre teoria e prática e na reflexão diária de seu exercício. Portanto, o estágio supervisionado pode contribuir diretamente no processo de formação dos educadores, pois através dele o futuro profissional tem a oportunidade de entrar em contato com sua área de atuação, refletindo sobre a sua prática, na busca de uma melhoria no processo de ensino-aprendizagem.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é preparar para a vida". (KAMI, 1991, 125).


"Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão, não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma" (Jean Piaget)